sábado, 22 de março de 2014

EDITORIAL - Caos e Barbarie no Brasil da Copa!

Moradores do Morro do Congonha protestam pela Morte de Claudia Ferreira Silva, 38.
Vejo com muita preocupação, alguns discursos inflamados e carregados de paixão fútil ou deslocada da realidade.
Vivi minha formação adulta como militar, período de muitas descobertas e frustrações, e do qual me orgulho muito pelo que aprendi e assimilei.
Lá reforcei minha convicção de que nada é pior para um país do que uma ditadura, exceto a barbárie.

Quando os costumes se deterioram e valores sociais mais caros e fundamentais como a paz social, a harmonia entre os poderes e o respeito a família são aviltados e ameaçados, as instituições podem e devem agir para a preservação dos fundamentos da ordem e paz social.

Quando as instituições não prestam ou foram desestruturadas por seus dirigentes negligentes, corruptos ou fracos, a sociedade tem meios de os por sob correição ou reprimenda, os conduzindo á seu rumo original ou reprovando sua conduta por meio de manifestações sociais ou jurídicas.
Confronto entre Policiais e Manifestantes no Centro do Rio.

Porém, quando a sociedade se desconcerta, as instituições se corrompem e as famílias são atacadas até a desagregação e perdimento de sua autonomia e valores, instala-se a BARBÁRIE, contra a qual não há remédio outro que não a tutela de seus rumos e razões para sustar seu atordoamento e injúria, acautelando seus valores sobre os ombros de seus filhos mais firmes, seguros e resolutos.

O emprego das tropas para contenção do caos e calamidade pública, provocadas pela quebra de paradigmas historicamente consolidados, encontra previsão legal na Carta Constitucional e lá esta por exigência do bom senso e equilíbrio da sociedade em seu momento mais democrático e politicamente estável da história recente do país. Uma salvaguarda, para que incompreensões sobre desvios pretéritos não se transformassem em ferramentas da discórdia ou lenha, a serviço dos bárbaros e incendiários de ocasião.

Nossa justiça foi cooptada, nossas polícias corrompidas, instituições como a família e o estado de direito estão a merce de violadores e oportunistas. Nossos filhos e filhas aguardam como cordeiros inocentes pela reação justa e medida daqueles que as deveriam cuidar e proteger.

Não somos mais o "país do futuro" ou a nação romântica e ingênua, de cidadãos pacatos e líderes políticos carismáticos. Somos um povo sofrido, aviltado e sem esperanças, entregues aos caos, a desordem e a barbárie.  Nossas ruas foram tomadas por quadrilhas armadas, com e sem fardas. Nossos agentes públicos somam em fileiras com os que nos atacam, os que violentam nossas filhas e filhos e destroem nossas famílias.
Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa: "Derrota da Justiça..."

Não restaram instituições á que pudéssemos recorrer ou pugnar por um pouco de paz e justiça. Não restaram esperança, fé ou confiança em pessoas, grupos, instituições ou instancias de recurso ou apelo.
Resta-nos só e tão somente o remédio necessário e imperioso da INTERVENÇÃO MILITAR.

A esta recorremos nos, pais e filhos de uma nação toldada pela barbárie e pela corrupção de sua soberania e valores. Uma nação de homens e mulheres ultrajados e vilipendiados pela ganância e sede insaciável por poder e riquezas, que corrompeu os estado, devastou nossas instituições e violentou a dignidade das famílias.

Recorremos aos nossos mais valorosos e briosos filhos das nossas FORÇAS ARMADAS a que imprimam uma INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL a fim de preservar a sociedade, as famílias, o Estado e a Nação Brasileira.

Mario Cesar Gigante