A repercussão das atrocidades cometidas pelas forças de segurança no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, estão provocando um impacto negativo na Imprensa Internacional.
Protestos na Alemanha, Irlanda e Turquia, pedem o fim da repressão em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. |
Depois das pesadas críticas de organizações importantes como a Anistia Internacional, e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, a Organização Reporteres Sem Fronteiras decidiu enviar observadores e colocou em suspeição a "cobertura parcimoniosa de alguns veículos da imprensa televisiva". O que provocou a imediata mudança de discurso do governo tucano do Estado de São Paulo.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo convocou a imprensa para uma entrevista na tarde deste domingo (16) para esclarecer o planejamento sobre a manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, convocada pelo Movimento Passe Livre - MPL, para esta segunda-feira (17). O secretário Fernando Grella Vieira relatou que irá convidar os organizadores do MPL para uma reunião na SSP na manhã de segunda-feira.
"Queremos proteger a população e o trabalho da imprensa. Ninguém será preso por levar vinagre", garante o Secretário.
Os protestos, que seguem em diversas capitais do pais chegaram aos locais de jogos da Copa das Confederações, onde se repetiram as cenas de violência policial contra os manifestante e alguns jornalistas.
Por conta disso, a Presidente da República, Dilma Roussef foi intensamente vaiada, apesar da intervenção do surpreso Presidente da FIFA, Joseph Blatter, que pediu "respeito e fair play" aos torcedores: "Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor?", disse o presidente da Fifa. Mas as vaias aumentarem ainda mais.
Em São Paulo, profissionais da imprensa também se reuniram em frente a Catedral da Sé para protestar. A manifestação é contra as agressões sofridas por parte das forças policiais durante as manifestações do Movimento Passe Livre.
Atingidos no olho por bala de borracha durante cobertura do quarto protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, o fotógrafo da Futura Press Sergio Silva e a repórter da TV Folha Giuliana Vallone tiveram alta do hospital neste sábado (15).
Os repórteres Bruno Ribeiro e Renato Vieira foram atingidos por bombas de gás. O fotógrafo da Folha de S. Paulo Fábio Braga foi alvo de três disparos. Em nota, o jornal, que teve sete repórteres feridos, repudiou "toda forma de violência" e protestou "contra a falta de discernimento da PM no episódio".
"É o risco da profissão", diz comandante da PM sobre jornalistas feridos durante manifestação em SP.
O jornalista Piero Locatelli, da revista Carta Capital, foi detido por portar uma garrafa de vinagre. Levado ao 78º Departamento de Polícia (Jardins), ele acabou liberado à noite.
O repórter do portal R7 Fernando Mellis foi agredido por um policial militar na noite de terça-feira (11) durante a manifestação. Apesar de estar identificado por um crachá, o jornalista levou um golpe de cassetete nas costas.
Falando sobre as denúncias de abuso por parte da PM, Fernando Grella determinou a apuração dos episódios com profissionais da imprensa.
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