domingo, 16 de junho de 2013

"Pressão" Internacional Muda Discurso de Governo Tucano


A repercussão das atrocidades cometidas pelas forças de segurança no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, estão provocando um impacto negativo na Imprensa Internacional.

Protestos na Alemanha, Irlanda e Turquia, pedem o fim da repressão em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Depois das pesadas críticas de organizações importantes como a Anistia Internacional, e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, a Organização Reporteres Sem Fronteiras decidiu enviar observadores e colocou em suspeição a "cobertura parcimoniosa de alguns veículos da imprensa televisiva". O que provocou a imediata mudança de discurso do governo tucano do Estado de São Paulo.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo convocou a imprensa para uma entrevista na tarde deste domingo (16) para esclarecer o planejamento sobre a manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, convocada pelo Movimento Passe Livre - MPL, para esta segunda-feira (17). O secretário Fernando Grella Vieira relatou que irá convidar os organizadores do MPL para uma reunião na SSP na manhã de segunda-feira.

"Queremos proteger a população e o trabalho da imprensa. Ninguém será preso por levar vinagre", garante o Secretário.
Os protestos, que seguem em diversas capitais do pais chegaram aos locais de jogos da Copa das Confederações, onde se repetiram as cenas de violência policial contra os manifestante e alguns jornalistas. 
Por conta disso, a Presidente da República, Dilma Roussef foi intensamente vaiada, apesar da intervenção do surpreso Presidente da FIFA, Joseph Blatter, que  pediu "respeito e fair play" aos torcedores: "Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor?", disse o presidente da Fifa. Mas as vaias aumentarem ainda mais.

Em São Paulo, profissionais da imprensa também se reuniram em frente a Catedral da Sé para protestar. A manifestação é contra as agressões sofridas por parte das forças policiais durante as manifestações do Movimento Passe Livre.
Apenas no último protesto, ao menos 16 profissionais da imprensa ficaram feridos.
Atingidos no olho por bala de borracha durante cobertura do quarto protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, o fotógrafo da Futura Press Sergio Silva e a repórter da TV Folha Giuliana Vallone tiveram alta do hospital neste sábado (15). 
Os repórteres Bruno Ribeiro e Renato Vieira foram atingidos por bombas de gás. O fotógrafo da Folha de S. Paulo Fábio Braga foi alvo de três disparos. Em nota, o jornal, que teve sete repórteres feridos, repudiou "toda forma de violência" e protestou "contra a falta de discernimento da PM no episódio". 
"É o risco da profissão", diz comandante da PM sobre jornalistas feridos durante manifestação em SP.
O jornalista Piero Locatelli, da revista Carta Capital, foi detido por portar uma garrafa de vinagre. Levado ao 78º Departamento de Polícia (Jardins), ele acabou liberado à noite. 
O repórter do portal R7 Fernando Mellis foi agredido por um policial militar na noite de terça-feira (11) durante a manifestação. Apesar de estar identificado por um crachá, o jornalista levou um golpe de cassetete nas costas. 
Falando sobre as denúncias de abuso por parte da PM, Fernando Grella determinou a apuração dos episódios com profissionais da imprensa. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário